Brasov é considerada a porta de entrada da lendária Transilvânia, região que ganhou fama com o livro Drácula. Na obra, o escritor Bram Stocker a transformou no local de residência do seu temível personagem. 

No entanto, ela não tem nada de horripilante! Pelo contrário, é uma cidade encantadora, colorida, rodeada pelos bosques dos Montes Cárpatos, que no inverno ficam completamente nevados.

Nossa expectativa era vê-la com muita neve, mas mesmo com o frio intenso, não tivemos essa sorte. 

Quer saber mais sobre Brasov? Leia sobre nossa experiência abaixo. 

O que fazer em Brasov?

Brasov Transilvânia

A Piata Sfatului, a Praça da Câmara, é o coração da cidade antiga, fica exatamente no meio do caminho para qualquer outra atração de Brasov. 

Ao seu redor, junto a dezenas de restaurantes e lojinhas, ficam algumas casas históricas, como a Casa do Mercador, onde hoje fica o restaurante Cerbul Carpatin, uma Igreja Ortodoxa e o museu da família Mureseanu.

Também nos arredores da praça se encontra a Biserica Neagra, a Igreja Negra, principal monumento em estilo gótico do país, construída entre 1385 e 1477. Seus tijolos ganharam essa cor enegrecida devido a um incêndio que arrasou a cidade em 1689. Dentro ela guarda o maior sino da Romênia e um dos maiores órgãos do leste europeu.

Partindo da praça, começamos a explorar as ruas do centro histórico, com suas casinhas coloridas que dividem espaço com hotéis, hostels e diversos restaurantes, cafés e bares. A principal delas é a Strada Republicii, onde nos sentamos para tomar um café e observar o movimento.

Monte Tâmpa

Uma curiosidade é que, embora tenha ares de cidade pequena, Brasov ostenta no topo do Monte Tâmpa — a montanha mais alta da cidade — um enorme letreiro com o nome da cidade, no melhor estilo hollywoodiano. A vista da cidade lá de cima é simplesmente maravilhosa.

O acesso ao topo pode ser feito de 2 formas: percorrendo uma trilha pela mata (leva cerca de 1 hora) ou via teleférico. Nós usamos o teleférico e a subida durou cerca de 3 minutos.

Se a previsão for de chuva, saiba como escolher um casaco impermeável com as dicas da Fiero!

Parte do período medieval

Também caminhamos ao longo de uma parte do que restou da muralha que formava o sistema defensivo no período medieval. 

A muralha foi construída pelos cavaleiros teutônicos, sendo que parte dessas construções ainda são visíveis hoje. Mas a maioria foi destruída no século 19 para expansão da cidade.

Planeja continuar explorando a Romênia? Então aproveite para conferir o nosso roteiro de dois dias em Bucareste, a capital do país. 

Castelo de Bran – O mítico Castelo do Conde Drácula

Castelo Bran Interno

Não poderíamos passar pela Romênia sem conhecer a lendária região da Transilvânia. E como passar pela Transilvânia sem conhecer a sua maior atração turística? Estou falando do Castelo de Bran, mais conhecido como o Castelo do Conde Drácula!

De Brasov, fomos ao vilarejo de Bran bem cedo. O castelo fica no topo de uma colina rochosa de mais ou menos 200 metros de altura. E se do lado de fora o castelo tem uma aparência sombria, por dentro, embora seja um labirinto de corredores, cômodos e quartos — ele é até bem bonitinho.

Construído no século XIV para servir de fortaleza e posto alfandegário, o castelo foi dado à Rainha Maria quando a Transilvânia passou a ser parte do Reino da Romênia em 1920. Dessa forma, tornou-se residência da família real.

Por que o chamam de Castelo do Drácula? 

Castelo Bran Drácula

A explicação começa com o famoso livro do escritor irlandês Bram Stoker.

O personagem Drácula é um conde que reside em um castelo localizado no alto de um vale, encravado em uma rocha, com um rio abaixo e localizado no Principado da Transilvânia. E esse castelo é o único em toda a Transilvânia que realmente se encaixa na descrição feita por Stoker.

O próprio Conde Drácula foi inspirado em um personagem histórico, governador da Valáquia (outra região da Romênia), entre 1456 e 1462, que se chamava Vlad Tepes (O Empalador). Seu pai fazia parte da Ordem do Dragão e era conhecido como Vlad Dracul. “Dracul” significa diabo. Então, Vlad Tepes, filho de Vlad Dracul, passou a ser chamado de Vlad Draculea, que significa ‘filho do diabo’.

Na guerra contra os otomanos, Vlad decidiu empalar seus inimigos como forma de difundir o terror entre eles, já que seu exército era muito menor. De resultado, ganhou fama de sanguinário e, a partir daí, criaram lendas a respeito do temível Vlad. Diziam que ele costumava se banhar com o sangue de seus inimigos e até bebê-lo!

Stoker tinha um amigo húngaro que era professor da Universidade de Budapeste e é provável que ele tenha dado informações sobre Vlad. Ele gostou tanto das lendas e histórias que ouviu que, ao escrever seu livro sobre vampiros — e que a princípio não tinha nenhuma relação com esse personagem —, decidiu mudá-lo um pouco e transformar seu vampiro no Conde Drácula.

Seja como for, história real ou imaginária, o castelo vale a pena ser visitado!