Sumário
Bucareste é a capital e mais importante cidade da Romênia. Já foi conhecida como a “Pequena Paris” do Leste Europeu devido à arquitetura e cultura que ali prosperavam no fim do século XIX e início do século XX.
Porém, apresenta uma diversidade de estilos devido às várias influências que sofreu desde a época em que a região era um domínio do Império Otomano até as marcas deixadas, na história recente, pelo regime comunista após a 2ª Guerra Mundial.
O idioma falado é o romeno, muito parecido com o italiano. No entanto, ouvi algumas palavras em francês, como a palavra “merci”. Lembram do apelido de Pequena Paris? Então, reminiscências dessa época!
A moeda se chama Leu (lei no plural). Levei euros para a viagem e a conversão em novembro de 2019 era de 4,62 Leu para cada euro.
Clima e temperatura de Bucareste
A temperatura em Bucareste no verão não costuma ultrapassar os 30ºC, sendo que na primavera a temperatura costuma ser mais amena e o inverno costuma ser bem frio, com mínimas de até -12ºC.
Fomos no meio do outono, e a máxima nos dois dias em que estivemos por lá não passou dos 9ºC.
O que fazer em Bucareste?
Como tínhamos apenas dois dias, escolhemos conhecer alguns dos marcos mais importantes da cidade, já que a maioria se concentra no Centrul Vechi (centro velho), próximo de onde estávamos hospedados.
Com o frio que fazia, estar bem abrigados foi fundamental. Para sair na rua, usamos:
- Casacos de lã;
- Sapatos forrados em lã;
- Luvas de couro (o detalhe de ser touch screen fez toda a diferença);
- Cachecol.
Tudo da Fiero!
Primeiro dia em Bucareste
Visitamos a Igreja da Corte Antiga, a mais antiga da cidade e, entre os séculos XVI e XVIII, era aqui que os reis romenos eram coroados. Em 1847, a igreja sofreu um incêndio que a destruiu quase completamente, apenas um quadro escapou das chamas, o quadro de Santo Antônio. Após esse episódio, passou a se chamar Igreja de Santo Antônio.
Ao lado da igreja se encontram as ruínas da corte antiga, uma fortificação datada do século XIV. Foi ampliada no século XV pelo príncipe Vlad Tepes, o Empalador, mais conhecido por Vlad Drácula. Sim, esse mesmo, que inspirou o personagem do terrível vampiro. Pena que estava fechada para visitação.
Do outro lado da rua, na Strada Franceza, está a Pousada de Manuc, de arquitetura otomana. Construída em 1808 por um rico comerciante armênio, que tinha negócios com o império Otomano, o prédio conserva até hoje sua forma original.
A pousada possuía 23 lojas, 15 adegas, cozinha e podia comportar até 500 pessoas, já que o primeiro andar tinha 107 quartos. Hoje, o espaço abriga alguns restaurantes.
Seguimos pela Strada Franceza até chegar à Calea Victoriei (Avenida Vitória), local de passeio da elite da cidade durante os tempos áureos e onde estão localizados os edifícios mais bonitos de Bucareste. No cruzamento dessas duas ruas está o enorme edifício do Museu Nacional de História.
Em frente ao museu está o Palácio da Casa de Poupança, construído no “mais autêntico estilo Barroco Francês” entre 1896 e 1900.
Outra construção interessante na Calea Victoriei é a elegante Passagem Macca-Villacrosse, antes chamada de “Pasajul Bijuteria”. Parte dela é coberta e possui várias lojas e bares.
Já na esquina da Strada Lipscani com a Strada Smardan, está o imponente Banco Nacional da Romênia. O local também abriga o Museu do Banco Nacional, em pleno coração do centro histórico.
Voltamos pela Strada Stavropoleos e entramos para tomar um café em um dos restaurantes mais antigos da cidade, a cervejaria Cara’ Cu Bere. O interior é elegante, de estilo neo-bizantino, com corrimãos de madeira ornamentados e lindos vitrais e murais pintados.
Na mesma rua, fica a Igreja Stavropoleos, uma pequena e linda igreja ortodoxa construída em 1724 por um monge grego e dedicada a São Gabriel e São Miguel Arcanjos.
Segundo dia em Bucareste
Conhecemos o icônico e gigantesco Palácio do Parlamento. Construído a mando do ditador comunista Nicolae Ceausescu, era parte de um grandioso projeto de reconstrução da cidade após o terremoto de 1977, que incluía também o Boulevard Unirii, uma imensa avenida inspirada na Champs Elysees.
O gigantesco edifício é a 2ª maior construção administrativa do mundo, atrás apenas do Pentágono. Tem 240 m de largura, sendo 85 m de altura e 92 m de subsolo! Ou seja, ele é mais profundo que alto, e dos 8 níveis de subsolo apenas 2 podem ser visitados.
O palácio começou a ser construído em 1984 e finalizado em 1997. Ceausescu nunca viu seu palácio pronto, ao morrer executado em 1989 com a queda do regime comunista. As visitas são diárias e as entradas podem ser compradas diretamente na bilheteria, na lateral do edifício. Importante: é exigida a apresentação do passaporte.
E assim terminamos nossa curta passagem por essa surpreendente cidade.
Além dos passeios mencionados neste post, gostaríamos de lembrar que Bucareste é uma cidade com muitos parques bonitos.
Entre eles:
- Jardins Cismigiu, o parque mais antigo da cidade;
- Parcul Carol I, onde no verão há shows e eventos;
- Jardim Botânico (Gradina Botanica) da cidade.
Se tiver tempo, vale a pena conhecê-los.
Como estávamos com pouco tempo e as temperaturas eram baixas, optamos por não visitar os parques nesta viagem.