Sumário
A Irlanda do Norte é o menor país do Reino Unido. Foi palco de muitas guerras e conflitos durante vários anos, mas tem tantas belezas que você precisa organizar seu roteiro de viagem e dar uma passadinha por lá.
Iniciamos nossa viagem em Dublin, na República da Irlanda, e de lá fomos visitar vários lugares no próprio país e na vizinha Irlanda do Norte. Acordamos um dia cedinho, pegamos o carro e dirigimos até o nordeste da ilha irlandesa. Fizemos um bate e volta de algumas horas e conhecemos todos os lugares que havíamos planejado. O resultado? Muitas paisagens de perder o fôlego e lugares impressionantes! Vamos ao roteiro?
COMO CHEGAR?
Muitas empresas oferecem tours de 1 ou 2 dias partindo das principais cidades da Irlanda para a Irlanda do Norte, mas nós preferimos alugar um carro para ficarmos mais à vontade e visitarmos os locais que achávamos mais interessante. Levamos apenas 4 horas de Dublin até uma das atrações mais famosas e procuradas da parte norte da Irlanda.
Para quem for de carro, vale lembrar que lá é mão inglesa, mas garanto que com um pouquinho de atenção no início logo se torna natural. As estradas são extremamente bem sinalizadas, cada cantinho tem placas indicando a “mão certa” e o melhor é que não encontramos um buraco no asfalto.
BATE E VOLTA IRLANDA DO NORTE
GIANT’S CAUSEWAY
A famosa calçada dos gigantes foi declara patrimônio da Unesco em 1986 e está localizada na costa do país! Sem dúvida estamos falando do lugar mais procurado pelos turistas em toda a Irlanda do Norte e não é por menos, a natureza caprichou por lá e nos trouxe coisas incríveis. São mais de 40 mil colunas que foram formadas há 60 milhões de anos, foi a erupção das lavas de basalto que formaram esse encanto na natureza. Não sei dizer se as pedras parecem mais com octógonos ou hexágonos, mas são maravilhosas!
A entrada é gratuita, mas se você deixar o carro no estacionamento deles serão cobradas 12 libras por pessoa. Se você optar pelo estacionamento pago, poderá usar o ônibus que eles oferecem para ir até pertinho das pedras e usar o áudio guia também. Outra opção ainda é ficar em um estacionamento próximo que cobra 8£ por carro e comprar só o ticket do ônibus para ir até as pedras. O valor é 1,20£ por pessoa.
Nós preferimos pagar 8 libras em um estacionamento próximo e andar até as pedras, levamos aproximadamente de 15 a 20 minutos. É importante que você saiba que é comum ventar muito e normalmente o frio é bem intenso também, especialmente no inverno.
CARRICK – A – REDE, A PONTE DE CORDA
Uma ponte suspensa e, segundo alguns visitantes, um pouco assustadora! Ela foi construída primeiramente em 1755 e, depois de vários anos, precisou passar por reformas. A ponte tem 20 metros de comprimento e 30 metros de altura, foi construída por pescadores que iam até essa parte da ilha para pescar salmões selvagens, inclusive ainda é possível ver alguns barquinhos e a antiga casa que eles usavam. O valor é 9£ por pessoa e você pode ficar quanto tempo desejar por lá.
Assim como em toda a Irlanda, os ventos são bem fortes e gelados. Como visitamos o local no auge do inverno, nos agasalhamos bem e percorremos 1,1km do estacionamento até chegar na famosa ponte. Embora estivesse muito frio, não nos arrependemos pois as paisagens são realmente incríveis.
CASTELO DE DUNLUCE
Dunluce em irlandês significa “forte da Colina”. Lembram das pedras de basalto do Giants Causeway? Essas aqui não têm aquele formato, mas são feitas da mesma matéria prima, elas emergiram há milhões de anos e são a base desse castelo construído por volta de 1500. O Castelo de Dunluce era um importante castelo deste período, é rodeado por falésisas e o acesso é por uma ponte. Em 1639, durante uma forte tempestade, uma parte do castelo caiu no mar e desde então nunca mais foi usado. O valor da entrada é de 5,50£.
MUSSENDEN TEMPLE E MANSÃO DO CONDE DE BRISTOL
Esse é um dos lugares mais fotografados da Irlanda do Norte. A mansão foi construída por volta dos séculos XVII e XVIII pelo excêntrico Conde de Bristol e Bispo de Derry. O 4º Conde era bem próximo da sua sobrinha, ela se casou com um banqueiro inglês já com bastante idade e o Conde deu o Templo de Mussenden para ela como presente de casamento. O Mussenden era uma biblioteca para guardar o incrível acervo de livros que ele tinha e também para servir de aposento para a sobrinha quando ela viesse visitá-lo. Com todos os escândalos que surgiram, ela acabou adoecendo, ficou muito debilitada e morreu. O Templo de Mussenden era para ser um refúgio, mas acabou se tornando um memorial!
Nas ruínas da mansão existem plaquinhas indicando os cômodos da casa e é possível andar por quase todos os lugares lá dentro. Já o Templo de Mussenden está fechado para reformas, ele fica em uma falésia e, devido à erosão, é provável que caia em algum momento. A entrada é gratuita e o lugar é incrivelmente lindo. Fomos perto do pôr do sol e ficamos encantados!
O QUE USAR?
Dá para se dizer que a previsão do tempo e do clima na Irlanda do Norte é realmente um mistério, geralmente sentimos todas as estações e climas em poucos minutos. Mas, por incrível que pareça, pegamos dias de sol lindíssimos. Há algum tempo atrás moramos no país durante um ano e meio e não lembro de ter visto tantos dias de sol seguidos! No dia do nosso passeio, a temperatura estava variando entre -2ºC a -5ºC, mas com o vento mega forte e gelado, a sensação térmica era ainda menor.
A Fiero, uma marca que eu amo e é especializada em roupas de inverno, me ajudou a ficar bem quentinha para explorar esses destinos ao ar livre. Neste dia usei 1 calça e 1 blusa térmica, 1 fleece, 1 calça daquelas coladinhas (tipo de academia) e 1 trench coat térmico e lindo que usei muitas vezes durante a viagem. Nos pés, uma bota toda forrada com lã de carneiro natural. Os acessórios também foram essenciais para que eu mantivesse o aquecimento do corpo.
O que achou do nosso roteiro pelo interior da Irlanda do Norte? Já visitou o país ou pretende visitar algum dia? Conte para a gente, vamos amar ouvir as suas experiências!