Sumário
O Chile, que tem uma riqueza imensa em termos de clima, paisagens, cultura, gastronomia, artesanato e costumes, é contemplado pelas belezas de Chiloé, uma ilha muito peculiar que conta com igrejas tombadas como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco!
Considerada a segunda maior ilha da América do Sul — menor apenas que a Ilha de Terra do Fogo —, Chiloé conta com crenças e mitos sobrenaturais que tentam explicar as forças da natureza.
O arquipélago vive sob a ameaça constante de vulcões, terremotos, tsunamis e nevascas, e tudo que sobreviveu à fúria da natureza e ao passar do tempo é de encher os olhos.
Preparados(as) para saber como é Chiloé? Continue a leitura para conferir dicas e muito mais!
Como chegar em Chiloé?
Se você estiver saindo de Puerto Varas, vá de carro ou contrate o passeio de um dia na cidade mesmo.
Evite ir com o ônibus de linha porque ele para a cada 5 km depois que entra na ilha, funcionando como um verdadeiro ônibus circular. A viagem que deveria durar somente 4 horas durou quase 7 horas. Voltar com o ônibus é mais rápido, já que sai cheio da rodoviária e praticamente não faz nenhuma parada.
Escolhendo ir com o passeio já saindo de Puerto Varas, você visitará vários pontos turísticos de Chiloé. Em Castro, os preços dos passeios podem ser mais caros do que em Puerto Varas.
Se estiver com carro alugado em Castro, pegue o mapa com as direções no centro de informações turísticas e faça você mesmo a maioria dos passeios turísticos pela ilha.
Além disso, vale a pena ficar na ilha de Chiloé pelo menos durante duas noites. A cidade é muito aconchegante e os hotéis e hostels à beira do mar são um charme.
Temperatura e clima de Chiloé
Chiloé tem clima frio, úmido e chuvoso grande parte do ano. Durante o inverno, as temperaturas mínimas atingem 5°C, com máxima de 10°C. Já durante o verão, as máximas atingem 17°C, com mínima de até 9°C.
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O que fazer em Chiloé no inverno?
Visitar as igrejas
São dezenas de igrejas espalhadas pela ilha, datadas do século XVIII e construídas por missionários jesuítas.
Na construção, foram usadas madeiras nativas (alerces, arrayanes, ciprestes…) e técnicas arquitetônicas que mesclam saberes ancestrais de pescadores, canoeiros e índios mapuche-huilliche com a cultura dos colonos espanhóis que chegaram à ilha em meados de 1500.
Entre os mais impressionantes estão a Iglesia Nuestra Señora de Gracia de Nercón, cercada por jardins e um cemitério tradicional; o interior da Iglesia San Francisco de Castro, onde figuras mitológicas aparecem fundidas a imagens sacras; a Iglesia San Antonio de Colo, com um lindo portal de entrada por entre os arcos; e a Iglesia Nuestra Señora del Patrocínio de Tenaun, com sua fachada azul celeste.
Contemplar belezas em Castro
Castro é a cidade central da ilha e uma das mais antigas do Chile. As casas em palafitas são os principais atrativos que encantam turistas. Hoje, muitas casas foram transformadas em cafés, restaurantes, lojas e hotéis.
As palafitas mais fotografadas estão nos bairros de Pedro Montt e Gamboa, que contam com mirantes para observação. Outra opção é fazer um passeio de barco com duração de 40 minutos para contemplar o mar e todo o colorido das casas construídas em cima de um emaranhado de madeiras.
Vale mencionar que Castro tem bastante infraestrutura, contando com aeroporto, hospital, restaurantes e até mesmo um shopping.
Conhecer a Isla Almas Navegantes
A Isla de Las Almas Navegantes, ligada a Chilóe por uma passarela de 510 metros de comprimento, é outro ponto turístico imperdível.
Com um colorido cemitério, uma igreja histórica e um parque botânico, a pequena ilha pode ser inteiramente percorrida em uma curta caminhada, integrada a um passeio à fria Cascata de Tenaun.
Experimentar o Curanto al Hoyo
Da curiosa mistura de saberes e costumes que formam a Ilha de Chilóe, nasceram mais que igrejas e uma rica cultura: originou-se a mescla dos hábitos de pescadores, índios mapuche-huilliche e colonos espanhóis.
Uma das criações foi a combinação de mariscos, linguiças, batatas e pedaços de carnes de porco e de frango! O famoso Curanto al Hoyo é um prato típico feito em uma panela — ou em buraco cavado no chão.
O processo começa com o corte da lenha nos bosques de Chiloé. Em seguida, essa lenha é acomodada e acesa em um grande buraco cheio de pedras catadas à beira do Oceano Pacífico. Passadas duas horas, a lenha é retirada e, sobre as pedras quentes, é colocada uma imensa folha de pangue que funciona como uma panela natural.
Ali dentro da folha, são jogadas (literalmente arremessadas!) uma grande quantidade de mariscos, uma camada de carnes e outra de linguiça — tudo cru e sem tempero algum. Por fim, são colocadas mais folhas de pangue entrelaçadas a batatas e pães. E, para fechar a “panela”, coloca-se terra por cima de tudo.
É preciso esperar pelo menos três horas para saborear o curanto. E é nesse intervalo que a rica história de Chilóe vem à tona outra vez! Depois é hora de abrir o prato e saboreá-lo.
Mercado artesanal de Chiloé
A ilha conta com um mercado de artesanato — um local imenso que tem tudo que se pode imaginar em lãs de lhama e alpaca, além de artesanato em madeira e couro, itens de vestuário e decoração.
Ao lado fica o mercado de comidas, pescados, frutos do mar, ervas e produtos agrícolas locais.
Todo o entorno possui restaurantes, dos mais simples aos medianos. Há restaurantes mais sofisticados com comida típica ao longo da orla e na praça central da cidade.
Tudo certo para visitar Chiloé? Aproveite para conferir outra atração que faz parte do chile, a Cordilheira dos Andes!