Sumário
A Península Valdés está situada na província de Chubut, considerada parte da região da Patagônia Argentina. Banhada por diferentes Golfos, a península apresenta uma riqueza gigante em sua fauna e flora.
Dependendo da época do ano, podemos contemplar diferentes espécies de animais marinhos em seu habitat natural, como baleias, orcas, lobos-marinhos e pinguins.
Nossa visita aconteceu no final de outubro, um período muito favorável para a observação desses animais. Há um valor de entrada na península de 850 pesos argentinos por pessoa, sem prazo para a saída do parque.
Como são cerca de 400 km de estrada de chão batido, o famoso ‘rípio’, percorridos para conhecer toda a península, recomendamos pernoitar pelo menos 1 noite lá e fazer o passeio em 2 dias para não ficar tão cansativo.
Onde dormir ao visitar a Península Valdés?
Existem opções de hotéis, hostels e campings, todos em Puerto Pirámides, a única cidade da península.
Vale lembrar que, em alta temporada, de dezembro a março, os valores de hospedagem ficam mais elevados.
Ah, e se você não estiver de carro também não há problema, existem diversas empresas especializadas que fazem o passeio na península.
O mais legal é que os guias já sabem os melhores horários para visitação em cada canto da península e com a maior chance de visualizar baleias e orcas.
Como é o roteiro para visitar a Península Valdés?
Logo no início do nosso passeio, ficamos encantados com a vista de Puerto Pirámides, mas mal sabíamos o que estava por vir. Inicialmente, fomos conhecer a região de Caleta Valdés, localizada no leste da península e onde há uma colônia de Pinguins de Magalhães.
É permitido chegar bem próximo dos pinguins, que não parecem nem um pouco incomodados com a presença humana — claro que bom senso é sempre válido, sem invadir o espaço deles e nem falar muito alto.
Se não fosse o bastante, conseguimos ver orcas passando pela região, e com elas muitos pássaros que aproveitam dos restos dos alimentos capturados por esses animais.
Foi um espetáculo da natureza passando bem ali em frente aos nossos olhos. Confesso que ficamos bem emocionados ao contemplar aquela cena tão única, as orcas frequentam a península apenas no mês de abril e entre outubro e novembro.
Um pouco mais ao sul, paramos no mirador de Punta Hércules e nos deparamos com uma vista privilegiada dos elefantes-marinhos deitados na praia. Ficamos por um bom tempo observando o comportamento dos animais, que permanecem estáticos a maior parte do tempo. Qualquer movimentação já é motivo de euforia da plateia que os assiste.
Para encerrar o dia, nos direcionamos à Salina Chica, um lago com alta concentração de sal e que ainda possui uma coloração rosada. Estávamos curiosos para conhecer esse lago e as expectativas foram atingidas com sucesso, além da cor rosada da água, todo o entorno do lago possui uma beleza muito diferente e rendeu muitas fotos interessantes.
O vento era bastante forte nessa região e conseguimos ficar apenas alguns minutos no local, mas já valeu muito a pena. Descobrimos que a coloração da água se dá por conta de um crustáceo que vive naquele lago, o mesmo que serve de alimento para os flamingos — é por essa razão que o animal tem aquela cor rosada linda.
Pernoitamos em um camping em Puerto Pirámides. No dia seguinte, fomos conhecer Punta Pirámides, um cantinho abençoado pela natureza! A paisagem por si só com um mar de águas verdes e paredões de pedra que parecem pirâmides já é encantadora.
Porém, foi ainda melhor por ter uma grande colônia de leões marinhos e baleias saltando no horizonte. Aquela cena parecia de filme e temos certeza que ficará marcada na nossa memória para sempre.
Diferença entre lobos, leões e elefantes-marinhos
Foi a primeira vez que vimos elefantes-marinhos e até então nem sabíamos a diferença entre lobos, leões e elefantes-marinhos.
Descobrimos que os lobos e os leões-marinhos são o mesmo animal, mas em razão da grande cabeça com pelos dos lobos machos (a melena), eles também são chamados de leões-marinhos.
Já os elefantes-marinhos apresentam uma cor mais acinzentada e não possuem patas. Por isso, quando estão em terra se locomovem com maior dificuldade através de movimentos ondulares. Além disso, os machos apresentam uma pequena tromba que matura quando atingem 8 anos.
O que usar ao visitar a Península Valdés?
Não esqueça que os passeios são realizados em uma região fria e em meio à natureza, exigindo muita proteção térmica. Assim, você aproveita todos os momentos desta experiência com muito conforto.
Roupas, acessórios e calçados apropriados para as baixas temperaturas e agentes externos, como o vento, são essenciais para esta aventura.
Esperamos que tenha curtido nossa experiência na Península Valdés!