Sumário
Enfim em Ushuaia, no fim do mundo!
Foram anos de planejamento, 4.349 quilômetros rodados (a partir de Foz do Iguaçu), oito dias inteiros na estrada e expectativas. Tudo isso para nós, os repórteres Renato Weil e Glória Tupinambás, chegarmos ao Fim do Mundo com o nosso motorhome, A Casa Nômade, e levarmos um tapa na cara. Isso mesmo!
Estar em Ushuaia, a cidade mais ao sul do planeta, é um sacolejo na vida de qualquer viajante! É tudo tão remoto, tão distante, tão infinito… que constatamos que, quanto mais se viaja pelo mundo, menor a gente se sente.
Realmente, não passamos de um grãozinho de areia nesse universo. É preciso se sentir pequeno para ter a humildade de reconhecer que esse lugar é especial, de uma beleza ímpar e de uma simbologia imensa.
Aqui, onde a Terra habitável termina, temos a sensação de que vamos cair do mapa a qualquer momento. É também onde encontramos paz e coragem para renovar nossos votos de seguir em frente, sem temer distância, desafios e obstáculos.
Receios ficam para trás e só o que nos move é o anseio de desbravar cada canto deste planeta!
Então, bora lá explorar o Fim do Mundo? É hora de calçar as botas, ignorar o frio e a neve para caminhar vários quilômetros até chegar ao Glaciar Vinciguerra, à Laguna Esmeralda e ao Glaciar Martial – os principais cartões-postais de Ushuaia.
Se pretende praticar esportes na neve durante sua viagem ao Ushuaia, clique aqui para conferir dicas.
Desbravando Ushuaia
Pelo caminho, é bom prestar atenção na habilidade devastadora dos castores, com dentes gigantes e uma inteligência de dar inveja. Até parece terem saído das páginas de uma história em quadrinhos.
Na Patagônia, esses roedores são conhecidos por seu potencial devastador de cortar árvores, destruindo florestas inteiras e construir barragens que, ao se romperem, provocam graves inundações.
Canal de Beagle
O passeio só fica completo depois de navegar pelas águas do Canal de Beagle, ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico. E ainda parar no Parque Nacional Tierra del Fuego para carimbar o passaporte.
Ali, o carteiro do Fim do Mundo, Carlos Delorenzo, que há mais de 20 anos comanda o Correio do Fim do Mundo, vai pregar um selo no seu documento de viagem e te apresentar um pouco da sua curiosa história.
Anarquista assumido, com um hilário bigode e rodeado por fotos de Che Guevara e Evita Peron, Delorenzo tem mesmo muito para contar.
Já foi maestro em Buenos Aires e, há duas décadas, decidiu se mudar para Ushuaia com a intenção de criar o Correo Del Findel Mundo. Inicialmente, o escritório funcionava no meio do Canal de Beagle e ali paravam navegantes e aventureiros para dar sinal de vida e mandar correspondências.
No entanto, com o avanço dos meios de comunicação, esse serviço perdeu utilidade. Hoje, Delorenzo atende apenas turistas que vão até ali em busca do famoso carimbo e do selo do Fim do Mundo.
Mais atrações
Pensam que acabou? Não! Para se despedir de Ushuaia, ainda falta provar o típico “cordero al asador” e fazer a foto oficial na lendária placa da Bahia Lapataia.
Aí está a indicação: “Alaska a 17.848 quilômetros.” Agora sim, Ushuaia já está carimbada no nosso passaporte! E, enfim, podemos dizer: Alaska, aqui vamos nós!
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